Dinámica de la democratización en Venezuela : 1958 – 2002 : un análisis crítico desde la perspectiva de la complejidad de la democracia
Este trabajo utiliza el estudio de caso del proceso de democratización venezolano como base para el desarrollo de un análisis crítico sobre las dinámicas asociadas a la democratización que se desarrolló en el país entre 1958 y 2002. Esa dinámica de democratización incluyó entre 1958 y 1968 una fase de surgimiento y arraigo de los valores democráticos en la sociedad venezolana, en la cual el sistema político desarrolló los méritos suficientes para ser considerada, no solo como un excepcionalismo en el contexto de América Latina, sino también, como el ejemplo de una democratización exitosa que había recorrido, de la mano de sus líderes políticos, todos sus procesos, y que asimismo, enfrentó exitosamente varios movimientos subversivos que buscaban revertir el proceso de democratización. Entre 1968 y 1989 esta dinámica de democratización se vio desbordada, tanto por el agotamiento del pactismo instituido en 1958 con el pacto de Punto Fijo, como por el uso utilitario del mismo por parte del liderazgo político del momento, el cual estaba afianzado en el sistema de partidarquía presidencialista presente. En 1989 se dio inicio al declive de la democracia con el surgimiento de una revuelta popular conocida como el Caracazo, y a partil de allí, la democracia venezolana entro en una dinámica de retroceso paulatino y continuado, la cual culmino en 2002 con la instauración de un régimen de autoritarismo democrático, o democracia iliberal, cuando la oposición, a través de su renuncia a participar en las elecciones parlamentarias de 2005, otorgó al presidente Chávez todo el poder para legislar a su voluntad y conveniencia. La dinámica que caracterizó el proceso de democratización venezolano en los períodos mencionados se analiza críticamente en este trabajo, incluyendo las sub dinámicas desarrolladas en sus principales componentes: surgimiento, transición, consolidación y retroceso, con el fin de resaltar la intensidad, magnitud, naturaleza y profundidad de los estímulos de retroalimentación negativa unos, y positiva, otros que afectaron la estabilidad democrática, haciéndola avanzar firmemente en unas ocasiones y retroceder soterradamente, e inclusive profundamente en otras, lo cual permite decantar los criterios para poner a prueba la tesis de la excepcionalidad democrática venezolana en el período bajo estudio. ; Este trabalho utiliza o estudo de caso do processo de democratização da Venezuela como base para o desenvolvimento de uma análise crítica sobre a dinâmica associada à democratização ocorrida no país entre 1958 e 2002. Entre 1958 e 1968, essa dinâmica de democratização incluiu uma fase da emergência e raízes dos valores democráticos na sociedade venezuelana, na qual o sistema político desenvolveu méritos suficientes para ser considerado, não apenas como excepcionalismo no contexto da América Latina, mas também como um exemplo de uma democratização bem-sucedida que havia passado, de mãos dadas com seus líderes políticos, todos os seus processos, e também enfrentado com sucesso diversos movimentos subversivos que buscavam reverter o processo de democratização. Entre 1968 e 1989, essa dinâmica de democratização foi superada tanto pelo esgotamento do pactismo instituído em 1958 com o pacto Punto Fijo, quanto pelo uso utilitarista da direção política da época, arraigado no atual sistema de partidarquía presidenciais. Em 1989, o declínio da democracia começou com o surgimento de uma revolta popular conhecida como Caracazo, e a partir daí, a democracia venezuelana entrou em uma dinâmica de regressão gradual e contínua que culminou em 2002 com o estabelecimento de um regime de autoritarismo democrático. ou a democracia iliberal quando a oposição, por sua relutância em participar das eleições parlamentares em 2005, deu ao presidente Chávez todo o poder de legislar conforme sua vontade e conveniência. A dinâmica que caracterizou o processo de democratização venezuelana nos períodos citados é analisada criticamente neste trabalho, incluindo a subdinâmica desenvolvida em seus componentes principais: emergência, transição, consolidação e regressão, a fim de destacar a intensidade, magnitude, natureza e profundidade de os estímulos do feedback negativo uns, e positivos outros, que afetaram a estabilidade democrática, fazendo-a avançar com firmeza em algumas ocasiões e retroceder secretamente, e até profundamente em outras, o que permite definir os critérios para testar a tese da excepcionalidade democrática venezuelana no período em estudo. ; This work uses the case study of the Venezuelan democratization process as the basis for the development of a critical analysis on the dynamics associated with democratization that took place in the country between 1958 and 2002. Between 1958 and 1968, this democratization dynamic included a phase of emergence and roots of democratic values in Venezuelan society, in which the political system developed sufficient merits to be considered, not only as exceptionalism in the context of Latin America, but also as an example of a successful democratization that It had gone through, hand in hand with its political leaders, all its processes, and also successfully faced various subversive movements that sought to reverse the democratization process. Between 1968 and 1989, this democratization dynamic was overwhelmed both by the exhaustion of the pactism instituted in 1958 with the Punto Fijo pact, and by the utilitarian use by the political leadership of the time, which was entrenched in the presidential partyarchy system. In 1989, the decline of democracy began with the emergence of a popular revolt known as the Caracazo, and from there, Venezuelan democracy entered a dynamic of gradual and continuous regression that culminated in 2002 with the establishment of a regime of democratic authoritarianism, or illiberal democracy, when the opposition, through its reluctance to participate the parliamentary elections of 2005, gave President Chávez all the power to legislate at his will and convenience. The dynamics that characterized the Venezuelan democratization process in the aforementioned periods is critically analyzed in this work, including the sub-dynamics developed in its main components: emergence, transition, consolidation and backsliding in order to highlight the intensity, magnitude, nature and depth of positive and negative feedbacks that affected democratic stability in Venezuela, making it advance firmly in some occasions and retreat without notice, and even deeply, in others. It also allows to establish the criteria to put in question the thesis of the Venezuelan democratic exceptionality in the period under study.